A
respiração, que é o sopro sagrado da vida nos permite conhecer e mudar o
ritmo de nossos passos e emoções, a percepção corporal e a forma que
nos comunicamos, saber respirar traz maior consciência e controle dos
movimentos que utilizamos ao dançar.
Precisamos de oxigênio para viver, a quantidade desse elemento em nossa
corrente sanguínea, faz a diferença entre uma pessoa calma ou
estressada. A calma vem de uma respiração profunda, lenta, rítmica e o
stress de uma respiração instável e sem profundidade.
No yoga a respiração consciente nos ajuda a captar o PRANA (energia
vital do universo) e tonifica o corpo para as posturas meditativas. Ao
prestar atenção na respiração tendemos a nos acalmar e controlar melhor
nossos pensamentos e sentimentos, nos permitindo entrar realmente num
estado meditativo e alcançarmos outros níveis de consciência.
Ao dançarmos, também atingimos um nível de consciência diferente, uma
vez que nossa consciência corporal é maior, a respiração atua como uma
fonte de energia, alimentando nossa força e fôlego durante a dança.
Respirar é algo tão mágico, que quando o fazemos corretamente
conseguimos alinhar nossos chakras e aprendermos mais facilmente, além
de que, exercitando uma respiração consciente diariamente conseguimos
controlar e dosar nossas emoções e tensões, e ainda adquirir mais
energia quando nos sentimos apáticos ou desesperançados.
Alguns exercícios respiratórios, PRANAYAMAS, do livro Ayurveda – o
caminho da saúde, de Maria Inês Marino e Walkyria A. Giusti Dambry:
Exercício calmante:
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Esta técnica consiste em respirar por narinas alternadas. Obstrua a
narina direita com o dedo polegar, inspirando pela esquerda. Segure a
respiração com os pulmões cheios por alguns instantes e troque a narina
em atividade (troque a narina em atividade somente com os pulmões
cheios). Volte a inspirar pela mesma narina que você expirou e continue
repetindo por várias vezes.
Exercício refrescante:
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Inspira-se e expira-se através do nariz, com a glote parcialmente
fechada, para que o ar seja sentido no palato (céu da boca). Este
exercício produz um efeito refrescante na parte atrás da garganta e é
uma maneira eficiente de levar oxigénio aos pulmões. É interessante
fazê-lo durante a ginástica, pois melhorará a resistência e a capacidade
aeróbica.
Exercício energizante:
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Inspira-se pelo nariz passivamente e faz-se uma expiração vigorosa. A
técnica compreende em contrair vigorosamente o diafragma para expirar o
ar, é tido como um dos mais importantes exercícios de purificação,
ajudando a eliminar as toxinas.
Recomenda-se fazer três séries de dez repetições, com um minuto de descanso entre as séries. Ocorrendo tonturas, reduz-se o número de repetições até ficar confortável.
Recomenda-se fazer três séries de dez repetições, com um minuto de descanso entre as séries. Ocorrendo tonturas, reduz-se o número de repetições até ficar confortável.
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Significa a respiração do fole acelerado. Inspira-se pelo diafragma e
faz-se uma expiração forçada pelo nariz. Ao fazer esse exercício, é
importante manter o corpo todo relaxado, com exceção do diafragma.
Começa-se com uma repetição por segundo, aumentando o ritmo para duas
por segundo, ao sentir-se confortável. Recomenda-se fazer uma série de
quinze a vinte repetições. É normal ocorrer uma sensação de cabeça vazia
ou zumbido nos ouvidos, caso em que se deve diminuir o número de
repetições.
Ao terminar qualquer dessas técnicas de respiração, descanse alguns momentos com os olhos fechados. Respire devagar e tranquilamente, permitindo que sua atenção fixe-se em suas sensações físicas. Esse período de repouso facilita a integração mente-corpo e meio ambiente, que se manifesta nos PRANAYAMAS.
Ao terminar qualquer dessas técnicas de respiração, descanse alguns momentos com os olhos fechados. Respire devagar e tranquilamente, permitindo que sua atenção fixe-se em suas sensações físicas. Esse período de repouso facilita a integração mente-corpo e meio ambiente, que se manifesta nos PRANAYAMAS.
Esses exercícios nos ajudam a conhecer nossa respiração. Na dança
praticada, você pode criar exercícios próprios, como por exemplo, na
dança do ventre o “oito para cima” dos quadris é mais fácil de fazer
quando respiro pelo pulmão ou pelo diafragma? Nos movimentos de braços
na dança cigana, tenho mais força quando encho os pulmões ao subir ou ao
descer os braços? Assim, criamos mapas desses movimentos, sua
respiração, que em conjunto com o ritmo e respiração da música escolhida
transformam-se em Dança.
Dessa forma vamos aumentando a consciência de nossos movimentos,
executando-os com a força e beleza necessárias para satisfazermo-nos e
ao nosso público com o resultado, portanto: Respire… e Dance!!!
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