Cigana Fátima Amaya

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A Civilização Celta

Os Povos Celtas

         Em cerca de 700 a.C. um grupo de tribos, os Celtas, começou a habitar a Europa Central. Em 500 a.C., haviam-se estabelecido como agricultores pela Europa  Central e Noroeste.  As famílias celtas viviam no seio da tribo, em pequenas   cabanas   construídas em colinas-fortaleza, para   se defenderem dos   frequentes ataques de outras tribos. Em tempos de paz, criavam  animais e plantavam nas terras próximas. Cada tribo era comandada por um chefe ou rei. Os druidas eram membros muito importantes da tribo.

 

Suas habilidades com metais

          Os Celtas eram habilidosos no trabalho com metais e faziam utensílios de ferro, armas e fina joalharia. Por esta data os especialistas em metais já utilizavam o ouro, a prata e o bronze. Em oficinas enfumaçadas e quentes, derretiam minérios em potes de  argila, sobre fogueiras de carvão. Munidos somente de ferramentas feitas de ossos e ferro, criaram símbolos celtas inconfundíveis, entrelaçando e recurvando fios de metal ou martelando formas sobre ornamentos. 


No campo de batalha


    Lutavam com ferocidade, mas sem disciplina, por isso foram facilmente conquistados pelos romanos. No entanto, os guerreiros celtas eram terríveis - pelo menos na aparência. Os homens normalmente vestiam  toscas de lã, mas, nas batalhas, combatiam nus, usando apenas colares. Seus corpos eram pintados de azul com uma tintura extraída das folhas de uma planta chamada ísatis.
Os guerreiros lutavam com  espadas,  lanças e fundas e protegiam-se com escudos de bronze ou de madeira.  Eles avançavam sobre o inimigo a pé, gritando e batendo nos próprios escudos. Alguns sopravam cornetas. Embora fossem combatentes destemidos, os celtas nunca foram um exército eficiente, por causa da indisciplina. Os guerreiros celtas também tinham um muito particular código de honra em combate. Eles consideravam inaceitável, por exemplo, que um só  homem fosse atacado  por dois inimigos ao mesmo tempo. Como resultado, foram com facilidade batidos pelas altamente  disciplinadas e treinadas legiões romanas. 


A língua céltica

      Os Celtas não tinham língua escrita. Suas leis, rituais e lendas eram transmitidas oralmente. Todavia, os Celtas eram na generalidade bem instruídos, particularmente no que diz respeito á religião, filosofia, geografia e astronomia.

 Línguas célticas sobrevivem em áreas do noroeste da Europa. Na Irlanda e na Escócia, fala-se o goidélico. O gaélico é a forma moderna dessa língua. Outras formas de línguas célticas, chamadas    britônicas, são também faladas no País de Gales e na Cornualha, sudoeste da Inglaterra. O bretão, outra língua céltica, é falado na Bretanha, noroeste da França. 


A alimentação dos Celtas

Os Celtas comiam muita carne, que obtinham de animais domésticos e de animais selvagens que caçavam.
Pescavam nos rios e ferviam em leite as algas do mar. Cada família fazia o seu próprio pão e gostavam de comer pão com carne.
Os Celtas já usavam o sal para cozinhar, obtendo o sal em minas. O sal era muito importante não só para cozinhar, como também para fazer conservas. A carne era conservada ,salgando-a ou secando-a. 



As mulheres Celtas


As mulheres célticas gozavam de mais liberdades e direitos do que as de outras culturas contemporâneas, incluindo-se, até mesmo, o direito de participarem de batalhas, e de solicitarem divórcio.

Os homens e as mulheres na sociedade Celta eram iguais; a igualdade de cargos e desempenhos eram considerados iguais em termos de sexos. As mulheres tinham uma condição social igual á dos homens sendo muitas vezes excelentes guerreiras, mercadoras e governantes. Na cultura druídica, a mulher tinha um papel preponderante pois era visa como a imagem da Deusa.




Como eram feitas as roupas

Depois de obter a lã, os celtas, como outros povos antigos, os celtas faziam as suas próprias roupas utilizando um tear e lãs de diferentes cores. 



O material que os celtas usavam para fazer suas casas

O vime entrelaçado formava uma espécie de cobertura, aplicando-se barro para tornar a parede mais resistente (como mostrado é na imagem). 

 

A doutrina Céltica

Basicamente, a doutrina céltica enfatizava a terra e a deusa mãe, enquanto que os Druidas mencionavam diversos deuses ligados às formas de expressão da natureza; eles enfatizavam igualmente o mar e o céu e acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao aperfeiçoamento através das reencarnações.
Eles admitiam como certa a lei de causa e efeito, diziam que o homem era livre para fazer tudo aquilo que quisesse fazer, mas que com certeza cada um era responsável pelo próprio destino, de acordo com os atos que livremente praticasse. Toda a ação era livre, mas traria sempre uma consequência, boa ou má, segundo as obras praticadas.Mesmo sendo livre, o homem também respondia socialmente pelos seus atos, pois para isto existia pena de morte aplicada aos criminosos perversos.

 

A Igreja Católica e os Celtas

A Igreja Católica acusava os Celtas e Druidas de bárbaros por sacrificarem os criminosos de forma sangrenta, esquecendo que ela também matava queimando as pessoas vivas sem que elas houvessem cometido crimes, apenas por questão de fé ou por praticarem rituais diferentes.
O catolicismo primitivo, tal como um furacão devastador apagou tudo o que lhe foi possível apagar no que diz respeito aos rituais célticos, catalogando-os de paganismo, de cultos imorais e tendo como objetivo a adoração da força negativa.

Na realidade isto não é verdade, os celtas cultuavam a Mãe Natureza e quando os primeiros cristãos chegaram naquela região foram muito bem recebidos. Segundo pesquisadores, a tradição céltica relata que José de Arimatéia discípulo de Jesus viveu entre eles e levado até lá o Santo Graal (“Taça usada por Jesus na Última Ceia”).

A Igreja Católica, derivada do hebraísmo ortodoxo, também mostrou ser uma religião essencialmente machista e como tal lhe era intolerável à admissão de uma Deusa Mãe, mesmo que esta simbolizasse a própria natureza, tanto que para Igreja Católica, “seu” Deus é uma figura masculina.

Mesmo que o Catolicismo assumisse uma posição machista isto não foi ensinado e nem praticado por Jesus. Ele na realidade valorizou bem a mulher e, por sinal, existe um belíssimo evangelho apócrifo denominado "O Evangelho da Mulher". 

Também nos primeiros séculos do Cristianismo a participação feminina era bem intensa. Entre os principais livros do Gnosticismo dos primeiros séculos, conforme consta nos achados arqueológicos da Biblioteca de Nag Hammadi consta o Evangelho de Maria Madalena mostrando que os evangelistas não foram apenas pessoas do sexo masculino.
Por isto, e por outros “motivos” católicos, as autoridades católicas não podiam tolerar o celtismo.

 

A crença Céltica

A crença céltica e druídica diziam que o homem teria a ajuda dos espíritos protetores e sua libertação dos ciclos reencarnatórios seria mais rápida assim. Cada pessoa tinha a responsabilidade de passar seus conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem igualmente aptas a entenderem a lei de causa e efeito, também conhecida atualmente como lei do carma.
Não admitiam que a Divindade pudesse ser cultuada dentro de templos constituídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas, principalmente onde houvesse antigos carvalhos, os locais de suas cerimônias, reuniam-se nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros.



As cerimônias Celtas

Enquanto em algumas cerimônias célticas os participantes a faziam sem vestes os Druidas, por sua vez, usavam túnicas brancas. Sempre formavam os círculos mágicos visando a canalização de força. Por não usarem roupas em algumas cerimônias e por desenvolverem rituais ligados à fecundidade da natureza, por ignorância, por má fé ou mesmo por crueldade dos padres da Igreja, Celtas foram terrivelmente acusados de praticarem rituais libidinosos, quando na realidade tratava-se de rituais sagrados à Deusa Mãe.

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