Cigana Fátima Amaya

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A Origem Pagã do Natal

Ao contrário do que muitos pensam o natal não é uma festa cristã. A prática de festejar o natal foi introduzida na igreja em fins do século IV. Sua origem está no Paganismo.


Origem do nome

▪A palavra natal (em inglês) é christmas, a união de duas palavras, christ e mass que significa missa de Cristo.
▪O nome da festa (em latim) vem do substantivo latino 'nativitas' (nascimento, geração) e este do adjetivo "nativus" (o que nasce).


Origem da data

O dia 25 de dezembro foi escolhido porque coincidia com os festivais pagãos que celebravam a saturnália e o solstício de inverno, em adoração ao deus-sol, o sol invictus - este festival de inverno era chamado a natividade do sol. A festa solar do natalis invicti (natividade do sol inconquistado) era celebrada em 25 de dezembro.

Saturnália é referente a saturnal (do latim saturnale), indica o deus saturno ou as festas em sua honra. É uma festa alegre e de trocas de presentes, que os romanos costumavam celebrar em 17 de dezembro, em homenagem a Saturno.

Solstício vem do latim solstitiu. Época em que o sol passa pela sua maior declinação boreal ou austral, e durante a qual cessa de afastar-se do equador. Os solstícios situam-se, respectivamente, nos dias 22 ou 23 de junho para a maior declinação boreal, e nos dias 22 ou 23 de dezembro para a maior declinação austral do sol. No hemisfério sul, a primeira data se denomina solstício de inverno e a segunda solstício de verão; e, como as estações são opostas nos dois hemisférios, essas denominações invertem-se no hemisfério norte.

A prática de trocar presentes

A prática de trocar presentes era, segundo nos informa Tertuliano (autor das primeiras fases do Cristianismo), parte da saturnália. Não há nada de errado em dar presentes. Os israelitas davam presentes uns aos outros em tempos de celebração. Mas alguns têm procurado ligar os presentes de natal com aqueles que Jesus recebeu dos magos

A árvore de Natal

A árvore de natal também tem suas origens no paganismo. Entre os druidas o carvalho era sagrado. Entre os egípcios era a palmeira, e em Roma era o abeto, que era decorado com cerejas negras durante a saturnália. Portanto a árvore de natal recapitula a ideia da adoração de árvore, sendo que castanhas e bolas simbolizam o sol. (WOODROW, Ralph. Babilônia A Religião dos Mistérios).

A guirlanda

A guirlanda (coroa verde adornada com fitas e bolas coloridas) que enfeita as portas de tantos lares é de origem pagã.
"A guirlanda] remonta aos costumes pagãos de adornar edifícios e lugares de adoração para a festividade que se celebrava ao mesmo tempo do Natal."
- Frederick J. Haskins em seu livro "Answer to Questions".


As velas

Também as velas, símbolo tradicional do Natal, são uma velha tradição pagã, pois se acendiam ao ocaso para reanimar ao deus sol, quando este se extinguia para dar lugar à  noite.


Yule – o Natal celta

Dentro da Tradição Celta, celebra-se o sabbat Yule. Ele marca exatamente o retorno do sol, da luz.

A Deusa que em Samhain era Anciã, retorna como Mãe, trazendo em seu ventre, o Deus, a Criança da Promessa.

O retorno da Deusa, o nascimento do Deus e o retorno da luz são os pontos focais deste Solstício.

Os festejos do Natal Cristão foram inspirados em Yule, que no hemisfério norte se dá por volta de vinte ou vinte e um de dezembro.

As cores verde, vermelha e dourado e a árvore de natal (o pinheiro era associado à Deusa) são alguns exemplos dos símbolos desta festividade pagã que foram absorvidos pela data Cristã.

A comemoração do nascimento de Jesus foi fixada em dezembro a partir de 320 d. C., devido à semelhança da essência do Solstício de Inverno com o nascimento da criança.

Além dos Celtas e dos Cristãos, outras Tradições já celebravam o nascimento da Criança da Promessa no Solstício de Inverno (hemisfério norte).

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